No Sindicato de Empregadas Domésticas da Bahia, no bairro da Federação, há um caderno em que estão anotados os pedidos de socorro de empregadas confinadas no trabalho. Já são 28 deles, segundo levantamento do sindicato para o CORREIO.
A associação fala “em muitos casos” não descobertos, ofuscados pelo medo das empregadas de denunciar. Há etiquetas de “urgente” fixadas em algumas queixas, quando o confinamento já dura seis meses. Essas mulheres são, em sua maioria, negras – 92%, mostra o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) –, chefes de família e moradoras de periferias.
Os patrões chamam de “medo de contaminação”, conta Valdirene Boaventura, responsável pelo jurídico do sindicato, o que os leva a obrigar as funcionárias a ficarem no trabalho. As empregadas passaram a ser vistas como “ameaças”, pela exposição em transportes públicos e nos locais onde moram. A obrigação legal de oferecer proteção ao empregado no ambiente de trabalho é dos patrões.
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