Em evento militar em Campinas neste sábado (20), Bolsonaro afirmou que “Se tudo tivesse que depender de mim, não seria esse o regime que nós estaríamos vivendo. E, apesar de tudo, eu represento a democracia no Brasil”. O presidente não explicitou que tipo de regime ele gostaria de implementar.
As falas aconteceram na formatura de 419 alunos da EspCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército).
O discurso intervencionista de Bolsonaro é recorrente. Desde a época em que era deputado, o presidente já defendeu a volta da ditadura, o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso e o fechamento do Congresso. Durante seu mandato como presidente, já participou de diversos atos que pediam a intervenção militar e a volta do AI-5.
Sobre tais falas, alguns políticos e alguns Supremo Tribunal Federal as reprovaram, mas não nenhuma medida foi tomada efetivamente para cessá-las.
Atos que ameaçam a democracia podem ser enquadrados como crime, assim como aconteceu com o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), preso por ataques ao STF. No mesmo vídeo que motivou sua prisão, o deputado pediu a volta do AI-5. O inquérito para a cassação do mandato de Silveira deverá começar na terça-feira (23) na Câmara dos Deputados.